A sensualidade não estava nas palavras, mas sim no corpo, que desconhecia a sensualidade e também as palavras. O corpo era divino e não pensava, estava longe da moral ou da razão, era a carne “nua e crua” que neste momento sabia bem o significado de ser. Ninguém era mais do que ele, e quanto mais era, mais queria ser, por não saber quem era. Inocência... Seu movimento era a pintura renascentista de Michelangelo na capela cistina, com todas as suas cores que se misturavam em uma ilusão de ótica que levam a crer em Deus! Era o homem de Da Vinci. O corpo se expressava além da sua consciência e dançava com os anjos do paraíso a música dos rios.
O rio foi se distanciando e seu som abafando... o corpo foi voltando a si e não conseguiu mais ser, nem ver os anjos e nem crer em Deus...
O rio foi se distanciando e seu som abafando... o corpo foi voltando a si e não conseguiu mais ser, nem ver os anjos e nem crer em Deus...